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Construção de identidades no conto "O pescador cego", de Mia Couto
Última alteração: 2013-06-27
Resumo
A literatura sempre se mostrou propícia à expressão de questões de caráter social. No presente trabalho, iremos analisar como a deficiência física é abordada no conto O pescador cego, do livro Cada homem é uma raça, do moçambicano Mia Couto (1990). O objetivo é perceber, na narrativa, como ocorre a exclusão social e a inferiorização desses portadores. Para podermos analisar o conto, recorremos a estudiosos como Candido (2010), na relação entre literatura e sociedade; Hernandez (2008), que aborda uma visão histórica contemporânea de Moçambique; Pereira (2008), que fala sobre a trajetória literária de Mia Couto; e Maquêa (2005), que trata de uma entrevista com o autor do conto.Quanto ao método de abordagem dos dados, trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, visando à interpretação dos sentidos que emergem do texto e de como eles são construídos na relação autor-texto-leitor. O conto estudado busca também mostrar a limitação de Maneca gerada pela sua cegueira após usar seus olhos como isca de peixe para não morrer de fome enquanto estava perdido no mar. A sua exclusão fica mais evidente quando ele se isola da sua esposa Salima e dos filhos, por se considerar diferente e sem utilidade, devido sua deficiência. O trabalho, então, possibilita-nos compreender, através da representação literária, questões que afligem a vida das pessoas.
Palavras-chave
Cegueira; Exclusão Social; Mia Couto; O pescador cego
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