A possibilidade do novo: o conceito de natalidade em Hannah Arendt
DOI:
https://doi.org/10.15628/dialektike.2017.5872Palavras-chave:
Hannah Arendt, Condição Humana, Natalidade, PolíticaResumo
O presente estudo pretende apresentar a noção de natalidade a partir da obra A condição humana (1958) de Hannah Arendt, pensadora que se debruçou sobre as questões mais complexas da contemporaneidade especialmente na abordagem da política. Com a noção de natalidade Arendt procura retratar a relação do ser humano com o seu nascimento, é a partir deste conceito que ela observa no prolongamento de uma vida a possibilidade sempre atual do novo. Novas transformações ocorreriam mediante o surgimento de uma nova vida, pois somente uma nova criação é capaz de trazer ao mundo o "novo", mesmo que na forma de um recomeço. Cada ser humano possui em si a capacidade de criar, inventar e se superar a cada instante, sendo por isso, mutável e inconstante. Com seu nascimento não é só uma vida que vem ao mundo, mas uma nova história a ser construída. Só o homem é capaz de criar o novo, a natureza não conhece tal artifício, por isso, a natalidade passa a ser em Arendt o princípio de um novo começo, um momento de ruptura com o que era e com o que ainda vai ser. Esta pesquisa consiste em uma revisão bibliográfica e trabalha especificamente as obras A condição Humana (1958) e Entre o Passado e o Futuro (1968) de Hannah Arendt, além de estudos de sua obra como CORREIA (2006) e CORREIA (2008).
Referências
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