Editorial
DOI:
https://doi.org/10.15628/dialogos.2015.3924Abstract
As ações de extensão desenvolvidas pelo IFRN remontam sua antecessora, a “Escola Técnica Federal do Rio Grande do Norte”, a qual, já nos anos de 1992, iniciava projetos de cunho educacional para atendimento a demandas da comunidade. Os primeiros projetos desenvolvidos nesse âmbito levaram alunos
do antigo curso de “Saneamento” para cidades do interior do Rio Grande do Norte, fazendo naquele momento, a extensão da teoria, aliada à prática profissional, em benefício da comunidade. Os alunos organizados em grupos de áreas de conhecimentos, após iniciarem o semestre letivo e compreenderem os aspectos teóricos e práticos de sua profissão, iam para o campo realizar levantamentos
de dados, fazer projetos e propor soluções muitas vezes simples, mas que deixavam na comunidade a marca
do saber produzido na Instituição.
A Lei no. 11.892/2008, que criou os Institutos Federais, coloca com uma das finalidades e características dessas instituições,
o desenvolvimento de programas de extensão e de divulgação científica e tecnológica. Esse desafio, aliado à diversificação de ofertas de cursos em vários níveis, modalidade de ensino
e áreas de conhecimentos requer a sistematização das ações que podem ser empreendidas por servidores com a participação fundamental de discentes, sejam como bolsistas ou voluntários,
e que possam, de fato, se constituir em ações de extensão. Dessa forma, a promoção de ações de extensão atua no ciclo virtuoso da geração do conhecimento, socialização do saber e retorno para instituição do saber transformado, promovendo, então, a formação cidadã, o crescimento profissional e, ao
mesmo tempo, colaborando com o desenvolvimento de onde a instituição está situada. As ações de extensão devem, portanto, estar articuladas com as demandas da sociedade com ênfase na
produção, desenvolvimento e difusão dos conhecimentos científicos e tecnológicos.
A partir dessa nova institucionalidade, o fazer da extensão se amplia cada vez mais, fazendo-se merecedor de valorização
e importância no cenário institucional com a criação do Programa
de Apoio Institucional à Extensão-IFRN, a partir de 2011, quando passam a ser apoiados 70 projetos desenvolvidos
nos campi em funcionamento naquele momento, com recursos alocados pela Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) e com apoio de recursos próprios dos campi.
Além desses projetos, o instituto vem captando recursos junto ao Programa de Extensão Universitária – PROEXT, para o desen- volvimento de programas e projetos no âmbito de seus campi,
dentre outros órgãos de fomento. O número de projetos vem, ano a ano, se ampliado e, em 2014, foram fomentados 91 projetos, que são desenvolvidos por docentes e técnicos administrativos com apoio de alunos bolsistas e voluntários.
Essas ações estão consubstanciadas nos objetivos do IFRN, promovendo a integração da Instituição com a comunidade,
e contribuindo para a formação de discentes e para o desenvolvimento da comunidade local.
A extensão no IFRN busca atuar em consonância com atividades de ensino e pesquisa e desenvolve importantes projetos
que possibilitam o intercâmbio de práticas e transferência de conhecimento para a sociedade. Traduzem, portanto,
o nosso fazer acadêmico e nossa expertise no campo da educação profissional, sem perder de vista e ressaltando,
a formação humana e cidadã, de modo a promover o desenvolvimento social da comunidade e dos discentes.
É por tudo isso que a PROEX/IFRN tem a imensa satisfação de apresentar o primeiro número da Revista Diálogos da Extensão que brinda a comunidade com a publicação de uma coletânea de 20 relatos de experiências vividas ao longo da execução de projetos nas áreas temáticas de cultura, comunicação,
educação, saúde, trabalho e tecnologia e produção.
Os projetos foram fomentados com recursos dos Editais de 2012 a 2014 e com apoio dos campi. Os relatos foram selecionados
por meio do Edital 06/2014-PROEX e constituem um espaço de divulgação de importantes ações de extensão desenvolvidas
pelo IFRN. Trata-se de um desafio a ser persistido
e também uma primeira análise crítica do que fazemos no contexto geral das nossas práticas extensionistas, com o intuito
de buscar, cada vez mais, consolidar uma política de extensão e uma cultura interna que ampliem as relações com o ensino, a
pesquisa e a sociedade.
Esperamos que, nos próximos números, novos relatos sejam apresentados, fortalecendo assim a extensão como estratégia
para o desenvolvimento territorial sustentável e cidadania. Boa Leitura!