EN VII 1 e EE I 6 – UMA ANÁLISE DOS MÉTODOS
DOI:
https://doi.org/10.15628/dialektike.2017.6033Palavras-chave:
Aristóteles, método, endoxa, phainomenaResumo
O presente artigo visa defender a tese de que há dois tipos diferentes de métodos nas éticas de Aristóteles. Costumeiramente, as prescrições metodológicas de EN VII 1 e EE I 6 são vistas como complementares, fazendo parte de um mesmo método que fora descrito por Barnes como o “método dos endoxa”. Esse método, claramente presente na prescrição da EN, consiste em estabelecer os phainomena (aquilo que é manifesto na experiência), percorrer as aporias e provar o que for possível das opiniões reputadas. Contudo, o método que é prescrito em EE I 6 parte da noção de “passar do mais vago ao mais preciso” utilizando os phainomena como indícios e modelos. Defenderemos aqui que a noção de phainomena, embora apareça nas duas prescrições, tem papéis e escopos diferentes em cada um dos métodos, de onde surge sua diferença. Para isso, analisaremos a prescrição de EN VII 1 juntamente ao assim chamado “método dos endoxa”, em seguida partiremos para a análise da prescrição de EE I 6 e, por fim, analisaremos detalhadamente a diferença entre essas duas prescrições.
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