FECHO EPISTÊMICO, CETICISMO E RAZÕES CONCLUSIVAS

Autores

  • Stanley Kreiter Bezerra Medeiros IFRN

DOI:

https://doi.org/10.15628/dialektike.2014.2573

Resumo

O fecho epistêmico é o princípio que diz que o conhecimento é fechado sob implicação. Se alguém sabe que uma proposição P é o caso e, além disso, igualmente sabe que P implica logicamente Q, então esse alguém também deve saber que Q é o caso. Este princípio lógico é geralmente associado a problemas de vários tipos, tais como “onisciência lógica” e ceticismo. Para evitar a adoção do ceticismo ou devido a alguma concepção específica acerca do conhecimento, alguns autores preferem rejeitá-lo. De acordo com a “teoria das razões conclusivas” de Dretske, “conhecer P” é equivalente a “R não seria o caso se P não fosse o caso” (sendo R o conjunto de razões que dão apoio à verdade de P). Tal concepção implica claramente na rejeição do fecho epistêmico nos casos em que este princípio é associado a hipóteses céticas. Este artigo investiga a relação entre fecho epistêmico, ceticismo e a teoria das razões conclusivas de Dretske. Ao final, nossa análise sugere que “o desafio de Dretske”, tal como é conhecido, não foi satisfatoriamente resolvido e encontra-se em aberto na epistemologia.

Biografia do Autor

Stanley Kreiter Bezerra Medeiros, IFRN

Doutor em Filosofia e Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte.

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Publicado

16/11/2014

Edição

Seção

Artigos