ACÍDIA, O “DEMÔNIO DO MEIO-DIA”
TÉDIO E SOFRIMENTO ESPIRITUAL NOS PRIMEIROS PADRES DO DESERTO
DOI:
https://doi.org/10.15628/dialektike.2025.19007Resumo
Este artigo analisa a acídia, conhecida como o “demônio do meio-dia”, a partir dos escritos dos primeiros padres do deserto. A investigação percorre desde referências ao tédio na Antiguidade clássica até sua formulação no cristianismo primitivo. Evágrio Pôntico, João Cassiano e São Crisóstomo são examinados como principais intérpretes do fenômeno, apresentando a acídia como tentação demoníaca, febre da alma ou abatimento espiritual. O estudo demonstra que a acídia transcende a simples fadiga, configurando-se como experiência de indiferença e desesperança que ameaça a perseverança monástica, mas também ilumina aspectos universais da condição humana, como o peso do tempo e a perda de sentido. Conclui-se que, embora situada no horizonte da Antiguidade cristã, a acídia mantém atualidade ao dialogar com reflexões contemporâneas sobre sofrimento existencial, tédio e depressão.
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