QU’EST-CE QU’UN SAVOIR POPULAIRE ? TRANSMISSION POPULAIRE SAVANTE DES SAVOIRS NON ECRITS

Autores

  • Salim Mokaddem Université Montpellier 2

DOI:

https://doi.org/10.15628/dialektike.2014.2572

Resumo

Os problemas relacionados à educação e à transmissão são muito frequentemente confrontados com os do registro e da memória escrita; a patrimonialização dos saberes ainda passa, majoritariamente, pelas vias clássicas da alfabetização, do discurso escrito e dos sistemas acadêmicos (currículos, diplomações, concursos, cartas de motivação, avaliações etc). No entanto, os saberes orais e as práticas não-discursivas – no sentido da oralidade da transmissão – são tão formativas e transmissoras quanto os saberes e as verdades formais normalizadas por processos dos quais Foucault analisou as ordens e as lógicas específicas de inclusão, de exclusão, de ordem e de produção. Nós gostaríamos de introduzir um corpo de reflexão a partir de uma história heteromórfica em relação àquela que a Universidade continua e santifica pela consagração dos saberes escritos, homologados e reconhecidos nas validações, o corpus que ela ritualiza, a forma institucional que ela impõe, os textos que ela produz, autoriza, proíbe ou canoniza, muitas vezes recorrendo a tipos de soberanias ou reconhecimentos legítimos, rejeitando justamente o que não está sob seu próprio poder.

Biografia do Autor

Salim Mokaddem, Université Montpellier 2

Doutor em Filosofia pela Université Paris I Panthéon-Sorbone. Professor de Filosofia da Université Montpellier 2, Paris, França.

Downloads

Publicado

16/11/2014

Edição

Seção

Artigos