A PERCEPÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS SOBRE A SOCIALIZAÇÃO ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO NO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2017.5153

Palavras-chave:

Socialização organizacional, Setor público, Gestão pública, Gestão de recursos humanos.

Resumo

As instituições públicas, atualmente, têm enfrentado desafios específicos para atrair, desenvolver e reter seus profissionais. Neste contexto, pode-se destacar a importância do processo de socialização organizacional, uma vez que este possibilita que o indivíduo se familiarize com a cultura da instituição, compreenda os valores por ela praticados e adquira conhecimentos e habilidades necessárias para assumir seu papel na corporação. Diante destas afirmativas, o presente estudo tem por objetivo identificar a percepção dos servidores públicos do IFRS (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul) sobre o processo de socialização organizacional praticado pela instituição. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de cunho quantitativo e descritivo, durante o ano de 2015, com a participação de uma amostra de 101 servidores vinculados à organização. Como principais resultados, é possível destacar a oportunidade de desenvolvimento de um programa de socialização mais abrangente, aprofundando o treinamento introdutório nas tarefas e o maior envolvimento das chefias. Além disso, identificou-se que as variáveis relacionadas ao acesso às informações, à integração às pessoas e ao conhecimento da linguagem e tradições da instituição apresentaram menores escores quando relacionadas ao processo de socialização. Em contrapartida, a qualificação dos profissionais se manifestou como um dos fatores potencialmente favorável à socialização na organização objeto deste estudo. A partir dos resultados evidenciados, espera-se contribuir para a construção de um programa de socialização organizacional mais efetivo e direcionado às necessidades do IFRS.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Andrade, D. C. T., & Ramos, H. R. (2015). A comparação entre grupos ocupacionais e lotação setorial/departamental de uma IFES sob a ótica da socialização organizacional. Revista Economia & Gestão, 15(39), 104-125.

Andrade, D. C. T., Ramos, H. R., Costa, D. M. D., & Oliveira, D. R. (2016). A socialização organizacional dos servidores de uma IFES: em tempos de REUNI. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, v. 14, n. 1, 14(1), 670-691.

Ashforth, B. E., Sluss, D. M., & Saks, A. M. (2007). Socialization tactics, proactive behavior, and newcomer learning: Integrating socialization models. Journal of Vocational Behavior, 70(3), 447-462.

Bauer, T. N., Bodner, T., Erdogan, B., Truxillo, D. M., & Tucker, J. S. (2007). Newcomer adjustment during organizational socialization: a meta-analytic review of antecedents, outcomes, and methods. Journal of Applied Psychology, 92(3), 707-721.

Benzinger, D. (2016). Organizational socialization tactics and newcomer information seeking in the contingent workforce. Personnel Review, 45(4), 743-763.

Bigliardi, B., Petroni, A., & Dormio, A. I. (2005). Organizational socialization, career aspirations and turnover intentions among design engineers. Leadership & Organization Development Journal, 26(6), 424-441.

Borges, L. O., Ros, M., & Tamayo, A. (2001). Socialización organizacional: tácticas y autopercepción. Revista de Psicología del Trabajo y de las Organizaciones, 17(2), 173-196.

Borges, L. O., Silva, F. H. V. C., Melo, S. L., & Oliveira, A. S. (2010). Reconstrução e validação de um inventário de socialização organizacional. Revista de Administração Mackenzie, 11(4), 4-37.

Borges, L. O., Silva, F. H. V. C., Melo, S. L., & Martins, A. S. O. (2014). Socialização Organizacional. In Siqueira, M. M. M. Novas medidas do comportamento organizacional: ferramentas de diagnóstico e de gestão. (268-279). Porto Alegre: Artmed.

Borges, L. O., & Albuquerque, F. J. B. (2014). Socialização Organizacional. In Zanelli, J. C., Borges-Andrade, J. E., Bastos, A. V. B. Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil. 2. ed. (351-384). Porto Alegre: Artmed.

Carvalho, V., Borges, L. O., & Vikan, A. (2012). Socialização organizacional: estudo comparativo entre servidores públicos brasileiros e noruegueses. Revista Eletrônica de Administração, 18(2), 339-371.

Chao, G. T., Walz, P., & Gardner, P. D. (1992). Formal and informal mentorships: a comparison on mentoring functions and contrast with nonmentored counterparts. Personnel Psychology, 45(3), 619-636.

Chao, G. T., O'Leary-Kelly, A. M., Wolf, S., Klein, H. J., & Gardner, P. D. (1994). Organizational socialization: its content and consequences. Journal of Applied Psychology, 79(5), 730-743.

Chow, I. H. (2002). Organizational socialization and career success of Asian managers. International Journal of Human Resource Management, 13(4), 720-737.

Cooper-Thomas, H. D., & Anderson, N. (2006). Organizational socialization: a new theoretical model and recommendations for future research and HRM practices in organizations. Journal of Managerial Psychology, 21(5), 492-516.

Decreto n. 1171, de 22 de junho de 1994 (1994). Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. Brasília, DF: Presidência da República, Casa Civil.

Decreto n. 6095, de 24 de abril de 2007 (2007). Estabelece diretrizes para o processo de integração de Instituições Federais de Educação Tecnológica, para fins de constituição dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia - IFET, no âmbito da Rede Federal de Educação Tecnológica. Brasília, DF: Presidência da República, Casa Civil.

Delobbe, N., Cooper?Thomas, H. D., & De Hoe, R. (2016). A new look at the psychological contract during organizational socialization: the role of newcomers' obligations at entry. Journal of Organizational Behavior, 37(6), 845-867.

Ellis, A. M., Bauer, T. N., Mansfield, L. R., Erdogan, B., Truxillo, D. M., & Simon, L. S. (2015). Navigating uncharted waters: Newcomer socialization through the lens of stress theory. Journal of Management, 41(1), 203-235.

Feldman, D. C. (1976). A contingency theory of socialization. Administrative Science Quarterly, 21(3), 433-452.

Hatmaker, D. M. (2015). Bringing Networks In: a model of organizational socialization in the public sector. Public Management Review, 17(8), 1146-1164.

Jiang, K., Lepak, D. P., Hu, J., & Baer, J. C. (2012). How does human resource management influence organizational outcomes? A meta-analytic investigation of mediating mechanisms. Academy of Management Journal, 55(6), 1264-1294.

Lei n. 3646, de 22 de outubro de 1959 (1959). Cria a Escola de Viticultura e Enologia de Bento Gonçalves, no Estado do Rio Grande do Sul, e dá outras providências. Rio de Janeiro, RJ: Congresso Nacional.

Lei n. 11892, de 29 de dezembro de 2008 (2008). Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, Casa Civil.

Moyson, S., Raaphorst, N., Groeneveld, S., & Van de Walle, S. (2017). Organizational socialization in public administration research: A systematic review and directions for future research. The American Review of Public Administration, 0(0), 1-18.

Oliveira, S. D. C., Lino, M. A. B., Borges, L. O., Carvalho, V. D., Melo, S. L., Silva, A. K. L. et al. (2008). A socialização organizacional dos servidores da UFRN, segundo grupo ocupacional e tempo de serviço. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho, 8(1), 118-141.

Salanova, M., Agut, S., & Peiró, J. M. (2005). Linking organizational resources and work engagement to employee performance and customer loyalty: the mediation of service climate. Journal of applied Psychology, 90(6), 1217-1227.

Song, Z., Chon, K., Ding, G., & Gu, C. (2015). Impact of organizational socialization tactics on newcomer job satisfaction and engagement: Core self-evaluations as moderators. International Journal of Hospitality Management, 46, 180-189.

Tang, C., Liu, Y., Oh, H., & Weitz, B. (2014). Socialization tactics of new retail employees: A pathway to organizational commitment. Journal of Retailing, 90(1), 62-73.

Taormina, R. J. (1999). Predicting employee commitment and satisfaction: The relative effects of socialization and demographics. International Journal of Human Resource Management, 10(6), 1060-1076.

Taormina, R. J. (2004). Convergent validation of two measures of organizational socialization. The International Journal of Human Resource Management, 15(1), 76-94.

Taormina, R. J. (2008). Interrelating leadership behaviors, organizational socialization, and organizational culture. Leadership & Organization Development Journal, 29(1), 85-102.

Van Maanen, J., & Schein, E.H. (1979). Toward a theory of organizational socialization, Research in Organizational Behaviour, 1(JAI Press, Greenwich, CT), 209-264.

Wright, P. M., & McMahan, G. C. (2011). Exploring human capital: putting ‘human’back into strategic human resource management. Human Resource Management Journal, 21(2), 93-104.

Zanelli, J. C., & Silva, N. (2008). Interação humana e gestão: a construção psicossocial das organizações de trabalho. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Downloads

Publicado

14/11/2017

Como Citar

Genari, D., Ibrahim, C. V. D., & Ibrahim, G. F. (2017). A PERCEPÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS SOBRE A SOCIALIZAÇÃO ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO NO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL. HOLOS, 5, 313–328. https://doi.org/10.15628/holos.2017.5153

Edição

Seção

ARTIGOS

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.