EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL E COMUNIDADE TERAPÊUTICA PARA DEPENDENTES QUÍMICOS: ARTICULAÇÃO DE PROCESSOS EDUCATIVOS EM PRÁTICAS SOCIAIS

Autores

  • Maria Cecília Luiz Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • Ronaldo Martins Gomes Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

DOI:

https://doi.org/10.15628/holos.2015.1645

Resumo

Este artigo reflete sobre a articulação de processos sócio educativos em ambientes como Comunidades Terapêuticas que trabalham na recuperação de adolescentes e jovens dependentes químicos, no período (mínimo) de seis meses a um ano, com liberdade restringida. O objetivo do tratamento é de integrar esses indivíduos na sociedade, e fazê-los rever valores interiores (crenças, objetivos etc.) e exteriores (grupos de convívio, ações no coletivo etc.), por meio da educação não-formal. Esse estudo se justifica, na medida em que existe um aumento do número de dependentes químicos, e também de educadores (monitores) sem maiores conhecimento sobre os enfrentamentos deste problema na perspectiva da educação não-formal. A expectativa é que o residente ao sair da Comunidade Terapêutica, por meio do programa de tratamento tenha condições de rever suas ações segundo parâmetros diferentes dos que o conduzia antes da internação. O tratamento segue alguns pressupostos básicos, com vistas a originar reflexão sobre a capacidade de entender, querer e superar o uso das substâncias psicoativas, isto é, tomar decisões e desenvolver seu projeto de vida. A Comunidade Terapêutica deve refletir constantemente sobre questões a serem evitadas, como: falta de formação continuada para os educadores (monitores); desrespeito à legislação trabalhista; uso criminoso de medicações controladas, e quadros de práticas de violências (simbólicas e/ou de fato), pois ela surgiu como alternativa às rígidas estruturas do sistema psiquiátrico. Se a Comunidade Terapêutica não tiver essa preocupação em repensar-se, a partir de suas práticas, dificilmente, poderá ser uma alternativa útil à sociedade. Palavras-chave: Educação não-formal; Comunidade terapêutica, processos educativos para dependente químico.

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Biografia do Autor

Maria Cecília Luiz, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

graduada em Licenciatura em Pedagogia pela UFSCar, em São Carlos/SP, cursou o Mestrado em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSCar, e o doutorado em Educação Escolar pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Unesp de Araraquara. Atualmente é professora efetiva da UFSCar, vinculada ao Departamento de Educação e ao Programa de Pós-Graduação em Educação, atuando na linha de pesquisa Educação Cultura e Subjetividade. Participa do Grupo de Estudos sobre Políticas e Gestão da Educação (GEPGE), com pesquisas na área.

Ronaldo Martins Gomes, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

graduado em Bacharelado, em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito de São Carlos, e em Licenciatura em Filosofia pelas Faculdades Claretianas de Batatais. cursou Especialização, lato senso, em Educação de Jovens e Adultos pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Mestrado em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) na mesma universidade, na área de Educação, cultura e subjetividade. Atualmente é doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) na mesma universidade, na área de Educação, cultura e subjetividade.

Referências

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Publicado

24/07/2015

Como Citar

Luiz, M. C., & Gomes, R. M. (2015). EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL E COMUNIDADE TERAPÊUTICA PARA DEPENDENTES QUÍMICOS: ARTICULAÇÃO DE PROCESSOS EDUCATIVOS EM PRÁTICAS SOCIAIS. HOLOS, 3, 393–403. https://doi.org/10.15628/holos.2015.1645

Edição

Seção

ARTIGOS